Gripe de Hong Kong

Gripe de Hong Kong
Gripe de Hong Kong
Imagem do Influenzavirus A (H3N2), ampliada cerca de 100.000 vezes.
Doença Gripe de Hong Kong
Vírus Influenza A subtipo H3N2
Origem Aves
Local Mundo
Período Julho de 1968 – 1969
Local do primeiro caso Hong Kong Hong Kong
Estatísticas globais
Mortes 1–4 milhões (estimativa)[1]
Gripe
Vírus H1N1.
Tipos
Aviária (subtipo A/H5N1) • Canina • Equina • Suína (subtipo A/H1N1)
Pandemia de 2009 (Pandemrix) • Intranasal • Marcas de vacinas sazonais contra a gripe
Tratamento
Amantidina • Baloxavir marboxil • Laninamivir • Oseltamivir • Peramivir • Rimantadina • Umifenovir • Zanamivir
Pandemia
Gripe espanhola (1918)Gripe asiática (1957) • Gripe de Hog Kong (1968) • Gripe A (2009)
Gripe suína (1976, EUA) • H5N1 (2006, Índia) • Gripe equina (2007, Austrália) • H5N1 (2007, Fazendas da Bernard Matthews, Inglaterra) • H5N1 (2008, Bengala Ocidental, Índia) • H5N2 (2015, EUA)
Veja também
Gripe sazonal • Evolução da gripe • Cronologia da gripe • Pesquisa de gripe • Síndrome gripal • Reformulações anuais da vacina contra a gripe
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A Gripe de Hong Kong foi a terceira pandemia de gripe do século XX, em 1968, em Hong Kong.[2][3][4]

A gripe de Hong Kong ocorreu em 1968, com o aparecimento de uma nova variação maior na hemaglutinina do vírus Influenza A (H3N2), que deu origem a um novo subtipo. Esta variante antigénica produziu em Hong Kong, em meados de julho, uma epidemia de grande extensão, cuja origem parece ter sido a China, de onde se propagou ao mundo, seguindo as mesmas linhas de difusão que a gripe asiática.

Em outubro, a gripe chega ao Médio Oriente, detendo-se nestes países e só muito mais tarde chegando à Europa. Nos Estados Unidos (EUA), os primeiros casos foram detectados na Califórnia, de onde a epidemia se propagou rapidamente, estando em dezembro em todos os estados. Na Europa, a difusão foi muito mais lenta, tendo os primeiros surtos epidémicos surgido em 1969, apresentando-se em duas ondas epidêmicas.

Em todos os países, com excepção dos EUA, a doença foi benigna, não estando associada a grande número de mortes. Em Portugal, no final de 1968 e no início de 1969, assinalou-se a primeira onda epidémica. A segunda, mais extensa que a primeira, mas também de carácter benigno, verificou-se no início de 1970.

O sistema de vigilância epidemiológica coordenado pela Organização Mundial da Saúde, com a colaboração de um maior número - que em 1957 - de Centros Nacionais da Gripe de vários países e com a experiência nesse ano adquirida, tornou possível analisar as características do vírus em circulação, colocando-se a hipótese da circulação simultânea de mais do que uma estirpe da nova variante do vírus. Esta hipótese não foi confirmada laboratorialmente, deixando sem explicação o comportamento da nova estirpe, quer em termos de velocidade de disseminação quer em termos de virulência.

Surto de H5N1

O vírus H5N1 foi isolado pela primeira vez em 1996 na China, na província de Guangdong, a partir de um ganso. No ano seguinte, em 1997, o primeiro surto desta doença (gripe aviária) em humanos foi registado em Hong Kong, com 18 casos, 6 deles fatais.

O vírus só voltou a aparecer novamente em fevereiro de 2003, também em Hong Kong, com dois casos registados, um deles fatal. No fim de 2003, o vírus provocou a morte de dois tigres e dois leopardos num zoo da Tailândia, depois dos animais terem sido alimentados com galinhas, além de mais duas mortes humanas, fazendo assim em 2003, 4 casos de infecção com 4 mortes. Ainda neste ano, a Coreia do Sul relatou um surto de H5N1 em aves domésticas.

Ver também

Referências

  1. https://www.britannica.com/event/1968-flu-pandemic
  2. «Sabe tudo sobre a Gripe H3N2?». www.121doc.com. 8 de maio de 2020. Consultado em 9 de maio de 2020 
  3. William E. Paul (2008). «Fundamental Immunology». Consultado em 9 de maio de 2020 
  4. André Biernath (2018). «Gripe: quais foram as maiores epidemias da história». Consultado em 9 de maio de 2020 
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